A resposta para essa pergunta é NÃO e saiba que a definição de um diagnóstico é essencial para direcionar seu tratamento.

Alopecia é um termo genérico que significa perda dos fios e dependendo do grau dessa perda, isso pode resultar em uma área de rarefação capilar. Existem diversos tipos de alopecia ou quadros que levam ao aumento da queda de cabelo de forma aguda ou crônica e é com uma boa anamnese realizada na consulta médica, e principalmente com o exame físico, tricoscopia, e em situações de incerteza, a biópsia do couro  cabeludo, podemos nos direcionar para a conclusão diagnóstica e assim planejar o tratamento adequado para cada caso. 

Segundo pesquisa da International Society of Hair Restoration Surgery (ISHRS), o cabelo (ou a falta dele) é o atributo que mais afeta a autoestima.

Segue abaixo as principais condições que levam ao aumento da queda de cabelo e alopecia no couro cabeludo.

  • 1 Alopecia não cicatricial 

1.1. Eflúvio telógeno agudo 

Definido como um aumento abrupto da queda dos fios, gerado pela passagem súbita de muitos cabelos para a fase telógena, que é a fase de queda. Isso pode ser ocasionado por qualquer evento debilitante ao organismo, que ocorreu 2-3 meses antes. 

São exemplos, situações de déficit nutricional, pós grandes cirurgias ou quadros infecciosos mais graves, pelo uso de determinados medicamentos, por perda de peso considerável em curto espaço de tempo, ou por quadros de estresse emocional mais intensos. 

O tratamento será direcionado ao manejo do evento causador desse episódio de eflúvio.

1.2. Eflúvio telógeno crônico

Definido como um aumento da queda de cabelo de forma crônica, mas com vários momentos que essa queda se intensifica e não é observada a presença de um evento estressor que justifique o quadro. 

Ao exame físico observamos um cabelo com bastante densidade na raiz, mas com perda de volume significativa no comprimento. 

Isso é ocasionado por uma alteração do ciclo capilar, na qual a fase anágena, que é a fase de crescimento dos fios, está encurtada. 

O tratamento é realizado com medicação que tem como objetivo ressincronizar o ciclo capilar para que a fase de anágena volte a ter seu tempo normal de crescimento.

1.3. Alopecia Androgenética

A alopecia androgenética é a causa mais comum de perda de cabelos em homens e mulheres e tem prevalência crescente com a idade. 

Ocorre por uma predisposição genética, associado a ação hormonal (andrógenos) localizada nos fóliculos de regiões determinadas do couro cabeludo (em homens, acomete mais região frontotemporal e vértice e em mulheres a linha média). 

Essa predisposição leva ao afinamentos dos fios e com a evolução e não tratamento,  à áreas de rarefação capilar mais visíveis.  

O tratamento tem como objetivo diminuir a velocidade de progressão do quadro, engrossar o fio de cabelo acometido pela doença, além de estimular cabelos “dormentes” a retomar seu crescimento. 

O transplante capilar também é uma opção de tratamentos nesses casos. 

1.4. Alopecia Areata 

Definida como uma perda capilar aguda, que clinicamente pode se apresenta como uma área delimitada sem cabelos ou na forma de uma perda capilar difusa, o que dificulta o diagnóstico, pois pode se assemelhar a outros tipos de alopecia. 

Ocorre por predisposição genética, associada a perda do privilégio imune no folículo, com possíveis gatilhos, ambientais, como o estresse, fazendo com que células de defesa, que nesse caso são os linfócitos T, envolvam o fio, induzindo sua queda. 

O tratamento tem como objetivo diminuir a atividades local das células de defesa envolvidas no processo e estimular a repilação dos fios perdidos com a doença. 

  • 2 Alopecia Cicatricial 

O termo alopecia cicatricial envolve doenças que, pelo processo inflamatório mais intenso, envolvendo regiões do folículos onde estão presente as células tronco, geram uma cicatriz na área envolvida e a perda permanente do fio. 

São exemplos de alopecias cicatriciais,  a Alopecia Frontal Fibrosante, o Líquen Plano Pilar, a Alopecia Fibrosante em Padrão de Distribuição (FAPD), nas quais o processo inflamatório é mediado por linfócitos, mas apresentam formas de apresentação clínica distintas. Também são outros exemplos, a Foliculite Decalvante  e a Foliculite Dissecante, mediadas por um processo inflamatório que é rico em neutrófilos. 

O tratamento tem como objetivo controlar ou diminuir a atividades do processo inflamatório e reparar a maior quantidade de fios que ainda não foram destruídos com a evolução da doença. 

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