Investigando a Alopecia
De repente, você nota uma queda de cabelo fora do comum ao se pentear ou durante o banho, quando fica um chumaço de fios na escova ou no ralo do chuveiro. Quem, nesta hora, não pensa: será que estou ficando careca?
Vários fatores podem estar por trás da queda de cabelo (tanto genéticos, quanto situações de estresse intenso, doenças sistêmicas ou as localizadas no couro cabeludo) e esse não é um diagnóstico simples. A primeira coisa a fazer é marcar uma consulta com um dermatologista, que é o médico especializado no cuidado e tratamento da pele, cabelos e unhas.
Na consulta médica é muito importante entender o padrão da queda de cabelo, tempo de evolução, se está associado a sintomas, história familiar, uso de medicamentos, alimentação, além de compreender como está sua saúde em geral. Com o exame físico do couro cabeludo, conseguimos observar se a queda está ativa, se apresenta sinais inflamatórios e qual a distribuição da rarefação. Apesar desses pontos serem fundamentais na consulta não podemos deixar de apresentar dois exames que muitas vezes são essenciais nas queixas capilares e com eles que conseguimos fechar um diagnóstico.
O primeiro deles é a tricoscopia, que é um procedimento bastante simples e útil para os casos de falha localizada, descamação do couro cabeludo, doenças do próprio fio e de queda de cabelo em geral.
A tricoscopia é procedimento indolor e não invasivo, no qual utilizamos um aparelho, como uma lupa, que amplia a imagem em 10 a 200 vezes (dependendo do aparelho utilizado) e assim conseguimos visualizar a haste capilar e o couro cabeludo com maiores detalhes.
Conforme os achados encontrados, é possível chegar num diagnóstico, e na suspeitas de determinadas doenças capilares, indicar e guiar o melhor local para a realização de uma biópsia do couro cabeludo.
A tricoscopia também é extremamente útil para avaliar a evolução da doença, sinais de atividade e a resposta do tratamento.
Agora vamos conhecer o segundo exame que pode ser indicado em determinadas situações de queda de cabelo, que até já citamos acima, que é a biópsia de couro cabeludo.
A biópsia é realizada de forma complementar ao exame físico e agrega achados para conclusão diagnóstica em determinados tipos de alopécia. Outra indicação seria em determinadas apresentações de doenças inflamatórias que podem acometer o couro cabeludo, como psoríase e foliculites, por exemplo, e com o resultado do exame em mãos, podemos concluir o diagnóstico e direcionar seu tratamento.
A biópsia é um procedimento realizado no próprio consultório, com duração aproximada de 30 minutos e na Dermatologia é realizado com certa frequência, como em algumas situações de doenças ou lesões de pele, mas também em certos casos de doenças capilares.
Tanto na pele como no couro cabeludo, a biópsia funciona da mesma forma:
Inicialmente é feito a limpeza da região, e na área marcada para a biópsia realizamos a anestesia, infiltrando o anestésico com uma agulha bem fina no local, isso é realizado para você não sentir dor durante o procedimento, com a área anestesiada retiramos um pequeno fragmento de pele de tamanho próximo a 4mm, com um instrumento chamado punch (um cilindro de superfície cortante que, ao ser girado rotatoriamente, se aprofunda na pele e permite a remoção de um fragmento que pode alcançar até a gordura subcutânea), a ferida resultante é pequena e para a pele cicatrizar mais rapidamente, fechamos a área com um ponto que será removidos dias após, a cicatrização da região tende a não gerar incômodo e você pode manter suas atividades do dia a dia.
Você ficou com alguma dúvida sobre como funciona a tricoscopia ou a biópsia do couro cabeludo?
Deixe seu comentário abaixo: ^^