O que são exossomos?

Exossomos são partículas de tamanho nanométrico que contêm carga bioativa com papéis cruciais na comunicação intercelular. Eles representam uma adição nova e minimamente invasiva no tratamento médico devido seu papel multifacetado, e podem ser importantes no tratamento de causas profundas do envelhecimento da pele, no tratamento capilar e na melhoria da homeostase geral dos tecidos.

Em quais tratamentos os exossomos podem ser utilizados?

1. Tratamento de envelhecimento cutâneo

Vários são os fatores que contribuem para o envelhecimento da pele, como exposição aos raios UV, poluição do ar e hábitos como tabagismo, alimentação e estilo de vida. O dano solar cumulativo, em particular, leva a alterações que incluem a diminuição das fibras colágenas e elásticas, como também aumento de degradação do colágeno, levando à aparência clínica de rugas, aspereza e ressecamento da pele. Os exossomos, por sua capacidade de modular a comunicação célula-célula e interferir em algumas funções dos fibroblastos, que são as células produtoras de colágeno, ganharam muita atenção e potencial utilidade terapêutica no rejuvenescimento da pele nos últimos anos.

2. Tratamentos capilares

A calvície, ou alopecia androgética, é uma doença crônica capilar que afeta homens e mulheres e pode causar impacto na qualidade de vida, devido ao afinamento progressivo dos fios de cabelo, que pode culminar na calvície propriamente dita. 
Estudos demonstraram o papel dos exossomos no tratamento de doenças capilares, uma vez que podem influenciar o crescimento e regeneração dos folículos capilares. Além disso, demonstrou-se papel importante dos exossomos na conversão de folículos capilares da fase telógena à anágena - que é a fase de crescimento capilar, devido à indução de fatores moleculares que propiciam essas funções celulares.  

3. Cicatrização da feridas e tratamento de cicatrizes

Descobriu-se que os exossomos desempenham um importante papel na proliferação e diferenciação celular, na morte celular programada, inflamação e angiogênese, o que levou a um interesse crescente em seu potencial terapêutico em feridas que não cicatrizam, como em alguns tipos de úlceras de pele e doenças da imunidade cutânea.

Quanto às cicatrizes, estudos demonstram que os exossomos têm papel relevante na comunicação intercelular que ocorre no processo de formação de cicatrizes, tanto na regulação da função dos fibroblastos, quanto na remodelação ou deposição de colágeno para promover a redução da formação de cicatrizes. Os exossomos são, portanto, uma abordagem terapêutica promissora
não apenas para melhorar a cicatrização de feridas, mas também para tratamento de cicatrizes. 

O potencial terapêutico dos exossomos em dermatologia é bastante amplo e variado. De condições inflamatórias da pele, patologias capilares, ao gerenciamento do envelhecimento e qualidade de vida, o uso de exossomos abre um novo caminho de opções em tratamentos da saúde.